sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mais de 20 técnicos perdem o emprego logo no início da temporada 2010


Ano novo, hábitos antigos. Demitir treinadores logo no início da competição não foi uma decisão tomada apenas por Botafogo e Goiás, que dispensaram Estevam Soares e Hélio dos Anjos, respectivamente. Outros 22 técnicos perderam seus empregos com poucas rodadas se contarmos as equipes que disputam os seguintes Estaduais: Paulistão (Séries A-1 e A-2), Carioca, Mineiro, Gaúcho, Paranaense, Catarinense, Pernambucano, Baiano e Goiano.

O Esmeraldino, por sinal, começou mal a temporada e três derrotas seguidas custaram o emprego de Hélio dos Anjos após um ano e meio no cargo. O experiente treinador lembrou que perdeu sete titulares como Julio Cesar, Iarley e Fernando, que foram para Fluminense, Corinthians e Flamengo, mas isso não sensibilizou a diretoria a esperar a remontagem do elenco.

- Em se tratando do futebol brasileiro, acho isso normal. Não devia ser natural, mas é. Em um clube como o Goiás, que ficou dois anos lutando contra o rebaixamento e sem ganhar o Estadual, há um desgaste para você fazer ele crescer. Foram dois Campeonatos Brasileiros tranquilos e um título goiano enquanto eu comandei o time. Não tenho nenhuma mágoa. São mais de 300 jogos, com sete títulos. Tenho um respeito muito grande pelo clube - disse Hélio
Em Goiás, só Hélio dos Anjos foi dispensado entre os clubes da elite, por enquanto, mas em outros estados a coisa é bem diferente. Em São Paulo, por exemplo, se ninguém foi demitido na Série A-1, 40% das equipes da Segundona paulista já trocaram de técnico. Foram nove mudanças, sendo que apenas uma delas foi decisão do técnico. O União Barbarense já demitiu dois profissionais em cinco rodadas. Um dos últimos a ser dispensado foi Candinho Farias, que estava no Catanduvense. O treinador acha que a rotatividade no emprego passa pela baixa qualidade dos atletas.

- Quando o dirigente precisa dar uma satisfação ao torcedor, o treinador vira o culpado pelos problemas. Mas a verdade é que a qualidade dos atletas caiu muito. Os times estão equilibrados por baixo. Mesmo na Copa São Paulo de Juniores, com 91 equipes brasileiras, você não consegue juntar 20 jogadores promissores. Além disso, os atletas estão subindo muito novos e sem fundamentos.

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