O presidente da Confederação Africana, Issa Hayatou, anunciou neste sábado que a seleção de Togo foi suspensa e ficará fora das duas próximas edições da Copa Africana. A punição se deve às interferências governamentais que levaram o time a não disputar a competição, que vem sendo realizada em Angola.
Pouco antes do início da Copa Africana, a seleção togolesa foi vítima de um atentado na região de Cabinda. O ônibus que transportava a delegação foi metralhado por membros do grupo separatista Flec (Frente de Libertação do Estado de Cabinda). Três pessoas morreram no ataque: o treinador assistente da seleção do Togo, Abalo Amelete, o chefe de imprensa, Stan Ocloo, e o motorista do ônibus. O goleiro reserva Kodjovi Kadja Obilalé foi ferido gravemente e levado para a África do Sul, onde passou por uma cirurgia.
De acordo com o regulamento da CAN, “a ausência declarada a menos de 20 dias do início da competição final ou durante o torneio implicará uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 94 mil) e a suspensão da associação nacional pelas duas edições seguintes da Copa Africana”.
Após sinalizar com a desistência da Copa Africana, os jogadores decidiram participar da competição para “honrar os mortos”, mas o governo de Togo exigiu de forma taxativa o retorno do grupo.
A seleção estava no Grupo, ao lado de Costa do Marfim, Burkina Fasso e Gana.
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